Como parte das ações da campanha “Janeiro Roxo”, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), realizou uma ação de sensibilização sobre a hanseníase, na manhã desta sexta-feira, 6/1, nos semáforos da avenida Umberto Calderaro, esquina com a rua Teresina, bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul. A atividade teve por objetivo levar informações sobre a importância do diagnóstico e tratamento, a fim de acabar com o preconceito ainda existente em relação à doença.
A ação foi coordenada pelas enfermeiras Aidelany Freitas e Sinara Silva, responsáveis pelo programa da hanseníase do Distrito de Saúde (Disa) Sul, e contou com a participação de 14 técnicos. Os profissionais estenderam faixas, deram orientações aos motoristas e pedestres, e fizeram panfletagem de material informativo.
“Nosso objetivo foi chamar a atenção para que as pessoas pensem em hanseníase, e saibam que quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais cedo será possível alcançar a cura, e menores serão as chances de sofrer com deformidades. Infelizmente ainda é uma doença que gera muito preconceito, mas nos reunimos aqui hoje para intensificar esse trabalho de sensibilização”, contou a enfermeira Aidelany Freitas.
A chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, Ingrid Santos, informou que as atividades educativas serão intensificadas nos bairros, ruas e comunidades ao longo do mês, para estimular a população a buscar os serviços de saúde quando apresentar sintomas da doença, como manchas na pele que não apresentam dor nem coceira, mas com perda total ou parcial da sensibilidade local, formigamento e cãibra.
“Nossas unidades realizam exame de pele, atendimento médico, e a medicação é disponibilizada gratuitamente durante todo o tratamento do paciente, caso ele seja diagnosticado com a doença, e com certeza ele será curado. É um grande avanço na ciência saber que essa doença hoje não deixa mais sequelas, mas somente se você procurar o serviço e iniciar o tratamento imediatamente após o surgimento dos sintomas”, contou.
Ingrid destacou, ainda, que as ações educativas junto à comunidade buscam acabar com o preconceito que ainda existe em relação à hanseníase. De acordo com ela, a sociedade precisa tratar o assunto de forma humanizada, acompanhando os pacientes no processo de cura e auxiliando os profissionais de saúde no avanço do controle da doença.
“Não precisa isolar paciente com hanseníase. Abraço, aperto de mão e beijo podem ocorrer naturalmente, pois não se pega dessa forma. A doença é transmitida através das vias respiratórias, se houver convivência durante anos no mesmo ambiente, em um espaço fechado, todos os dias. E a partir do momento em que o tratamento é iniciado, a cadeia de transmissão é interrompida”, reforçou.
As ações desenvolvidas fora das unidades de saúde incluem caminhadas na comunidade, panfletagem, palestras e rodas de conversas, inclusive em instituições, associações e empresas parceiras.