Em preparação para a execução do 1º Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) do ano de 2023, que será realizado em Manaus no período de 10 a 26/4, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) iniciou na tarde desta segunda-feira, 3/4, a capacitação de agentes de controle de endemias e agentes comunitários de saúde.
O primeiro dia de capacitação reuniu profissionais do Distrito de Saúde (Disa) Oeste, no auditório do Complexo de Saúde Oeste, bairro da Paz, e até quarta-feira, 5/4, a programação vai abranger agentes de saúde dos Disas Norte, Sul e Leste, envolvendo aproximadamente 200 servidores.
O chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, explicou que a capacitação foi planejada para orientar, principalmente, agentes comunitários de saúde que estarão participando pela primeira vez do LIRAa, incluindo os que ingressaram recentemente na Semsa após aprovação em concurso público, e para atualização dos agentes de endemias.
“A capacitação aborda as técnicas utilizadas no levantamento, com amostragem de imóveis, identificação dos quarteirões que serão visitados, técnicas adequada de coleta das larvas para identificação da espécie do mosquito, preenchimento de formulários e trabalho de Educação em Saúde que deve ser realizado durante as visitas”, informou Alciles Comape.
LIRAa
O 1º LIRAa de 2023 pretende vistoriar 25.753 imóveis, selecionados por amostragem, nos 63 bairros de Manaus, quando os agentes de saúde irão atuar na identificação, eliminação e tratamento de criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão da dengue, zika e chikungunya.
Nas vistorias, os agentes de saúde realizam a coleta de larvas para que, após análise em laboratório, seja feita a identificação da espécie do mosquito. A partir desse processo, é possível mapear as áreas e identificar o índice de infestação do Aedes em cada localidade, que pode ser alta, média ou de baixo risco.
“Depois que consolidamos os dados do resultado do LIRAa, agregando informações da notificação e confirmação de casos, do índice de infestação predial e dos tipos de criadouros, é possível criar uma escala de vulnerabilidade, atuando de forma antecipada, com varredura nos bairros, para evitar surtos ou mesmo epidemias”, explicou Alciles.
Casos
Na consolidação de dados de janeiro a 29 de março deste ano, o município de Manaus registrou 418 casos notificados de dengue, com uma redução de 37,5% em relação ao primeiro trimestre de 2022, quando houve o registro de 669 notificações. Em relação aos casos confirmados, Manaus registrou 462 casos de dengue neste mesmo período do ano passado, sendo que este ano o número é de 122 casos confirmados, com redução de 73,6%.
Além de casos de dengue, Manaus registrou este ano um caso confirmado de zika vírus; e quatro casos confirmados e 17 notificados de chikungunya.
Para manter a redução e controle dos casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, Alciles Comape destaca que a Semsa procura direcionar o trabalho de prevenção nos locais corretos, em que há mais necessidade, ampliando o impacto das ações.
“É um trabalho em várias frentes e que inclui o bloqueio vetorial para eliminação da larva e do mosquito adulto, e isso é feito já a partir da notificação de casos suspeitos, sem esperar pela confirmação. A Semsa também mantém parceria com outras instituições, como Fundação de Vigilância em Saúde, Fiocruz e a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana, a Semulsp. A gente ainda percebe que a população tem aderido mais fortemente às ações para o controle do Aedes, o que é resultado do intenso trabalho de Educação em Saúde. Além disso, os meios de comunicação têm ajudado muito replicando as informações e orientações para a população”, afirmou Alciles Comape.
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Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
Fotos – Divulgação / Semsa