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Com o apoio do Governo do Amazonas, representantes de 17 etnias se reúnem para discutir Educação Indígena

Atividade acontece durante toda a semana e debate pautas ligadas à educação indígena

Com o tema “Os desafios da educação escolar indígena no contexto da pandemia do COVID-19”, representantes de 17 etnias participam da primeira Reunião do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena (Ceei-AM). O evento, realizado com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, acontece até o dia 26 de novembro e tem como foco debater as demandas da educação indígena, além de proporcionar formação para os conselheiros no âmbito das políticas públicas frente às realidades no Amazonas. O encontro está sendo realizados no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, Distrito Industrial I, Av. Silves, 2222, bairro Crespo, zona sul de Manaus.

Nesta quarta-feira (24/11), foi realizada a abertura oficial, com a  presença da secretária Executiva Adjunta Pedagógica, Hellen Matute, a secretária Executiva Adjunta da Capital, Arlete Mendonça e a secretária Executiva Adjunta de Gestão, Rosalina Lobo.

Por determinação do governador Wilson Lima, a Secretaria de Educação é a responsável pela viabilização do evento. Desde 2019, a pasta tem trabalhado para atender às demandas no que diz respeito à Educação Escolar Indígena, de acordo com a secretária Kuka Chaves. “Temos avançado em questões que vão desde a contratação de profissionais até a aquisição de merenda escolar específica”, afirmou Chaves, que participou do evento de maneira virtual.

A secretária Executiva Adjunta Pedagógica, Hellen Matute, reiterou  o papel fundamental do executivo estadual em viabilizar as ações voltadas à educação escolar indígena. “Nós estamos aqui para demonstrar nosso total apoio às necessidades de aprendizagem dos estudantes indígenas e, assim, propor novas estratégias que garantam o direito à educação que busca minimizar os impactos devastadores desta pandemia”, lembrou.

Avanços – Em sua fala, a secretária de Educação, Kuka Chaves, destacou que desde 2019, foram 1.058  profissionais convocados para atuação na Educação Indígena, por meio de Processo Seletivo Simplificado (PSS). Além disso, a continuidade do “Projeto Pirayawara”, que  permite aumentar o número de comunidades e populações indígenas atendidas também se destaca.

Em relação ao Conselho, foi destacada a parceria, com a oferta de estrutura necessária, servidores capacitados e a logística para a execução das atividades.

Entre as conquistas nestes últimos 3 anos, destaca-se o modelo de alimentação escolar indígena,  adotado na rede pública estadual do Amazonas, que é referência para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Desde o ano passado, o Governo do Amazonas tem realizado aquisições para a alimentação escolar indígena. O Amazonas é o único a cumprir a proposta, que envolve diversas instituições.

CEEI-AM –  De acordo com o presidente do CEEI-AM, Jesiel Santos dos Santos, o encontro visa discutir e ter um novo olhar sobre a educação indígena. “Essa é a primeira vez que nos vemos após o ápice da Covid-19 no Amazonas. Então, este é um momento histórico, dialogar com os nossos parentes sobre as demandas que nós vivemos é muito importante, nossas especificidades e a nossa realidade precisa ser debatida. E assim, eu acredito  que a ideia é essa, pois estamos no mesmo barco pela luta a favor da educação escolar indígena”, destacou Jesiel.

Representante da Região do Baixo Amazonas, o conselheiro Elizeu Hixkaryana, cita a importância de reunir indígenas de todas as calhas do Estado. “A gente busca se unir com os diferentes povos, tudo com um único objetivo, a melhoria da qualidade da educação escolar indígena do Amazonas. Logo, é muito importante para nós dos povos indígenas do Amazonas, ter as nossas demandas sendo ouvidas”, reiterou Elizeu da etnia Hixkaryana, localizada no município de Nhamundá.

O Conselho de Educação Escolar Indígena (Ceei) foi instituído por meio do Decreto Governamental nº 18.749, de 6/5/1998, como parte integrante da estrutura da Seduc-AM e institucionalizado no I Seminário de Educação Escolar Indígena no Estado, realizado em 1998.

| Assessoria
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