No Amazonas, a centenária Polícia Militar deve receber novos combatentes com anúncio de concurso público pelo governador Wilson Lima
Combater a criminalidade, preservar a ordem pública e o bem-estar do cidadão estão entre as missões do policial militar. A carreira pública requer a abnegação dos servidores, que colocam a própria vida em risco para garantir a paz social. No Amazonas, a centenária Polícia Militar deve receber novos combatentes com o anúncio do concurso público pelo governador Wilson Lima.
Durante coletiva de imprensa, o governador antecipou que a expectativa é que sejam preenchidas 2,5 mil vagas para cargos nos órgãos do sistema de segurança do Amazonas. A PM terá a maior fatia, com expectativa de mais de mil vagas disponibilizadas. A previsão é que sejam mil vagas para aluno soldado e 350 vagas para aluno oficial.
Mas ingressar em uma instituição como a Polícia Militar do Amazonas exige preparo e conhecimento das missões inerentes à profissão. Desde 1837, a PMAM, que integra o sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil, têm como função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública estadual.
O policial militar é responsável por prisões em flagrante, busca e apreensão, autuação em caso de crimes e contravenções, revistas, blitze e todas as ações que visem à segurança da sociedade. Para se tornar um PM, é preciso ser aprovado em todas as etapas de um concurso público.
Sendo aprovado, convocado e nomeado para o cargo, o novo policial militar inicia na corporação fazendo o seu curso de formação, que é a etapa inicial antes de começar os trabalhos de rua. Os cursos são o de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), que normalmente dura de dez meses a um ano; e o de Formação de Oficiais (CFO) com duração entre dois e três anos.
Durante o processo, o aluno receberá a designação de cadete ou aluno-oficial. Sendo aprovado no CFO, será aspirante-a-oficial por cerca de seis meses, quando então é promovido a 2ª Tenente.
A formação é ministrada pelo Instituto de Ensino Integrado de Segurança Pública (Iesp). De acordo com o diretor do Iesp, coronel Audo Albuquerque, o curso é destinado a formar, com solidez teórica e prática, o profissional ocupante do cargo inicial do quadro pessoal da instituição.
“Com a nossa nova grade curricular fizemos um estudo de todo o Brasil para ver o que tem de melhor e buscamos as melhores disciplinas. As turmas do último curso de soldado tiveram treinamento de selva, abordagens a embarcações, libras, dentre outras disciplinas. Sempre se preparando para atuar diante ao cidadão e saber o momento oportuno de entrar com rigor da lei e salvaguardar a vida”, enfatizou.
Estrutura – Das graduações de Praças, à progressão começa a partir de soldado que, com o passar do tempo, vai subindo para os postos de cabo, 1º sargento, 2º sargento, 3º sargento e subtenente. Seguindo para os oficiais, os postos são de 1° tenente, 2° tenente, capitão, major, tenente-coronel, até chegar ao maior posto, que é o de coronel. Os oficiais exercem as funções de comando, chefia e direção dentro da unidade.
Remuneração – O salário dentro da Polícia Militar do estado varia conforme o cargo e a patente exercida pelo militar. De acordo com o Portal da Transparência do Estado do Amazonas, a variação salarial do policial militar vai de R$ 4.241, para o aluno soldado, até R$ 30 mil para quem ocupa a cadeira de coronel.
Segundo o diretor do Iesp, o Amazonas tem um dos melhores salários em relação ao Sistema de Segurança Pública do Brasil. “O policial militar recebe, inicialmente, quatro salários mínimos, por isso existe uma grande procura pelo concurso”, concluiu o coronel Audo Albuquerque.
Escala de serviço – Atualmente, os policiais militares do Amazonas estão com escalas de trabalho de 12 horas e folga de 24 horas (12/24) e mais uma jornada de trabalho de 12 horas e folga posterior de 72 horas (12/72).
| Assessoria
AM HOJE | A informação está aqui