A Prefeitura de Manaus promoveu, nesta sexta-feira, 24/2, a capacitação de mais de cem agentes de saúde que atuam na calha dos rios Negro e Amazonas, para avançar na territorialização da zona rural da capital. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) deu início a esse trabalho no ano passado, em quase 90 quilômetros de extensão da BR-174, com intuito de georreferenciar todas as vias de acesso e identificar a real população que vive nessa área.
O processo de territorialização está sendo coordenado pelo Distrito de Saúde (Disa) Rural. Nesta sexta-feira, a capacitação teve início às 8h, no auditório Dr. Deodato de Miranda Leão, na sede da Semsa, no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul, para Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes de Controle de Endemias (ACE) e gestores das Unidades Básicas de Saúde Rural (UBSR) São Pedro, Ephigênio Salles e Nossa Senhora de Fátima.
A diretora de Atenção Primária da Semsa, Sonja Farias, explicou que o cadastro dos usuários e das rotas de acesso será feito por meio do aplicativo e-SUS Território, do Ministério da Saúde, e será fundamental para qualificar as ações de saúde desenvolvidas nessa região da cidade.
“A zona rural é um território muito grande, mas com densidade demográfica muito baixa, então a gente precisa ir em busca dos usuários do Sistema Único de Saúde, e por meio dessa atividade, vamos acelerar o processo de identificação de onde eles estão. A secretaria está otimizando esse banco de dados para ter um perfil epidemiológico mais próximo da realidade, inclusive estamos aguardando os dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, para unir aos nossos”, disse.
O diretor do Disa Rural, Rubens Santos, lembrou que a territorialização já foi concluída na área da UBSR Ada Viana, na BR-174, do Km 9 ao 96, chegando até as fronteiras dos municípios de Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva. Agora, a próxima etapa vai delimitar as microáreas de atuação da Atenção Primária de Manaus desde a fronteira com Novo Airão, da Calha do Rio Negro, até a fronteira com Itacoatiara, na Calha do Rio Amazonas.
“A partir desse treinamento, os agentes de saúde vão começar a realizar a territorialização de suas áreas, para que possamos dinamizar e fortalecer a atuação da saúde básica, atendendo a necessidade da população que está presente nessa região e subsidiando nossas estratégias de promoção à saúde. Trata-se de um avanço tecnológico e informacional jamais feito na saúde básica do município de Manaus, e que vai mudar a realidade desses usuários”, explicou Rubens.
Nesta sexta-feira, os agentes de saúde receberam orientações sobre o cadastro dos usuários, o georreferenciamento, os polígonos da malária, a integração do processo de trabalho entre ACS e ACE, a territorialização, e ainda as utilidades do aplicativo e-SUS Território.
Objetivos
A gerente de Atenção à Saúde do Disa Rural, Janiete Barbosa, contou que a territorialização busca construir um mapa estático e inteligente para cada microárea da zona rural, obtido após o levantamento feito in loco pelas equipes de saúde. “Nós vamos fortalecer a atenção programada na comunidade, com ações que possam suprir de fato as prioridades dessas famílias”, observou.
Além disso, o processo irá contribuir para a eliminação das fichas de papel e do processo de digitalização do cadastro, como era feito até então, visto que todo o processo é feito direto no aplicativo e sincronizado com os demais sistemas de informações no momento em que ele é conectado à internet.
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Texto – Victor Cruz / Semsa
Fotos – Homero Lacerda / Semsa